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O Músico

 

Sua paixão pela música começa desde criança, ouvindo as canções tocadas na rádio dirigida pelo seu pai Valdir Alves Coelho, em Carpina (PE). Ainda criança, permanece horas em estado meditativo, absorto nos concertos e peças sinfônicas. Na adolescência ganha um violão e dedilha os primeiros acordes, estimulado pelo Pe. Zildo Rocha e pelos amigos da Ilha do Leite, no Bairro da Boa Vista em Recife, que todas as noites se reúnem para fazer serestas.

 

Aos 14 anos alimenta o sonho – que nunca conseguiu realizar - de tornar-se pianista, exercitando-se no Esenfelder da casa de sua avó Cesina, a qual residia no andar de cima do velho casarão onde morava. Entretanto, após um ano, vê-se privado do instrumento e obrigado a interromper os estudos. Só teve oportunidade de retomá-los aos 28 anos, quando adquire um teclado e reinicia os estudos como autodidata. Nesse ínterim, estuda violão clássico e chega a compor algumas peças para o violão.  

 

Aprovado no Concurso para Professor de Filosofia na UFRN, transfere-se para Natal em 1985 e ingressa na Escola de Música, onde estuda contraponto com o saudoso musicólogo Pe. Jaime Diniz e piano com o magnífico professor e concertista Gerardo Parente. Infelizmente, em função de um grave acidente, novamente abandona os estudos.

 

No entanto, sua ligação com o violão persiste, fundando com um grupo de conhecidos e aficcionados pela boa música a “Associação dos Amigos da Bossa Nova” (ver Manifesto e matéria no jornal), cujas atividades se desenvolvem por vários anos.

 

O papel da música em sua vida sempre foi crucial, especialmente na adolescência. Sem o lenitivo dos acordes, harmonia e ritmo das canções, talvez não superasse incolumemente os conflitos e turbilhões desse período difícil. O violão facilitou-lhe a socialização e serviu de escudo protetor ante as angústias e tristezas da vida, ajudando-lhe a domesticar as suas próprias neuroses.

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